quarta-feira, 20 de julho de 2011

CILADA.COM


O filme que é uma cilada...

Nunca um título foi tão propício para um filme.
"É uma Cilada Bino!!!" . É o que Antônio Fagundes gritaria para o personagem de Estênio Garcia se ele fosse assistir a nova comédia de Bruno Mazeo.
O Filme é um amontoado de piadas sem graças, clichês, de gosto duvidoso, uma história pífia e um protogonista totalmente sem brilho além de uma mocinha que foge totalmente dos padrões da realidade.
Fica até difícil acreditar que esse filme se originou de um programa de sucesso. Não assisti o programa e depois disso, nem pretendo...
A cilada, digo, o filme conta a história de Bruno (Bruno Mazeo) que após ser pego traindo a namorada (Fernanda Paes Leme)  numa situação constrangedora no casamento da irmã dela (única parte que esbocei algo próximo de um sorriso no filme) acaba tendo um vídeo também constrangedor caindo na internet dos dois num momento íntimo .

O vídeo vira uma febre na internet e agora resta a ele tentar recuperar a namorada além de  tentar reerguer sua imagem, para isso contará com a ajuda do "Cineasta" Marconha (Sérgio Loroza) .
Bruno chama algumas ex namoradas pra dar alguns depoimentos sobre ele , enquanto tenta filmar um novo vídeo "em ação".



O que vem pela frente chega a ser constrangedor.
O filme não consegue dar uma dentro, assim como o personagem de Bruno (literalmente).
No final o filme parece uma grande pegadinha totalmente sem graça. Um colcha de retalhos com as piores piadas daquele seu amigo sem graça que se acha comediante.
Em "Muita calma nessa hora" (que Bruno Mazeo contribuiu com o roteiro)  o resultado foi um pouco melhor, talvez pela grande quantidade de humoristas envolvidos, como nessa cilada os holofotes ficaram todos apontados apenas para um ser sem brilho suficiente para reluzir de volta para a platéia deu nisso.

 Sérgio Loroza ainda consegue causar alguns risos em poucos momentos do filme, mas nem isso é suficiente para salvá-lo.Um dos piores filmes brasileiro dos ano( E olhe que esse ano tivemos Qualquer gato vira-lata) ...

NOTA: 1,0







Título original: (Cilada.com)
Lançamento: 2011 (Brasil)
Direção: José Alvarenga Jr.
Atores: Bruno Mazzeo, Fernanda Paes Leme, Sérgio Loroza, Augusto Madeira.
Duração: 95 min
Gênero: Comédia

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sexta-feira, 8 de julho de 2011

PASSE LIVRE

Passe Livre para rir...

O Cinema está cheio de dupla de irmãos "em frente" a direção. Passando dos premiados irmãos Cohen ("Onde os Fracos não tem Vez" e "Fargo"), os Wackowsky ( Trilogia "Matrix" e "Speed Racer) aos Hugues ("Do Inferno" e "Livro de Eli"), mas na comédia com certeza a maior referência são  Peter e Bob Farrelly.
Os irmãos Farrelly despontaram para o cinema com o clássico do besteirol "Debi  &  Loide" , uma comédia descompromissada de piadas fáceis e inteligentes com um Jim Carrey ainda despontando para o estrelato e que os colocaram nos holofotes da comédia mundial.
De lá pra cá a dupla alternou bons filmes como: "Quem vai ficar com Mary?" ( o filme da famosa cena do gel no cabelo) ,"Eu , eu mesmo &   Irene" (também com Jim Carrey) e "O Amor é cego" com momentos menos inspirados como no fraquissímo "Ligado em você" e no razoável "Antes só que mal casado".



Mas em todos eles com certeza está uma maneira bem escrachada de fazer humor dos irmãos Farrelly. Com certeza a moral e os bons costumes passam longe da dupla de diretores, com seus filmes carregados de piadas de humor negro que não perdoam nem  as "tachadas" minorias, com uma metralhadora desgovernada de se fazer humor.
Há quem os julgue um tanto quanto apelativos e escatológicos, mas não há como ficar indiferente a maneira peculiar dos irmãos Farrelly.

Em "Passe Livre" Owen Wilson ("Entrando num fria", "Bater ou correr" ) é Rick, um homem de meia idade com 2 filhos pequenos e casado que ao lado do amigo Fred, o engraçadíssimo Jason Sudeikis (do programa "Satuday Nigth Lives" e do Inédito "Quero Matar Meu chefe) estavam cansados da rotina do casamento e depois de alguns vacilos com as esposas acabam recebendo um Passe livre: 1 semana de folga do casamento e dos filhos , podendo fazer o que quiser, livre de culpas e arrependimentos. A cena que leva a mulher de Fred interpretado por Christina Applegate a dar o Passe Livre é de chorar de rir





 Com o sonho realizado de todo homem de ter 1 semana de folga do casamento, a dupla reúne a sua trupe e parte para o ataque , mas não contavam com uma coisa: O tempo. O tempo passou para eles que acabaram perdendo o jeito para conquistar as mulheres e o que parecia ser um paraíso torna-se um inferno com a falta de "tato" da dupla, o que resulta em cenas engraçadíssímas que vão desde ficar chapados com bolinhos de maconha a brigas de bar.
O elenco de apoio também rende boas risadas principalmente no final (não aperte o STOP ao subir dos letreiros).
A medida que os dias de folga vão chegando ao fim a dupla se desprende da trupe e vai até a festa do invejado amigo solteirão conquistador  para a última tentativa de se dar bem. O que Fred e Rick não contavam é que durante as suas mal sucedidas tentativas de conquistas as suas esposas acabariam também se dando um Passe livre.


Destaque também para a cena engraçadíssíma em que Fred desmaia na sauna e para o "falso Oral" de Rick. De fato negativo talvez a suavizada em querer criar um final bonitinho e clichê com mensagens e lição de moral , bem típico de comédias românticas americanas e que não combina nada com os Irmãos Farrelly. 



Não esperem nada mais engraçado que os melhores filmes da dupla, mas com certeza algo superior ao últimos filmes . Se você quer rir descompromissadamente " Passe Livre" é uma boa pedida. 
Agora é aguardar o que nos guarda os Irmãos Farrelly que entre seus futuros projetos tem o remake de "Os 3 Patetas" e uma possível continuação de "Debi & Loide" 







Hall Pass(2011)
Lançamento: 2011 (EUA)
Direção: Peter Farrelly, Bobby Farrelly
Atores: Owen Wilson, Christina Applegate, Jason Sudeikis, Jenna Fischer.
Duração: 105 min
Gênero: Comédia



NOTA: 6,5


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quinta-feira, 7 de julho de 2011

ENTREVISTA IRMÃOS FARRELLY

Bobby e Peter Farrelly falam do seu novo filme: Passe Livre

Passe Livre (Hall Pass) é a nova comédia dos irmãos Bobby e Peter Farrelly. Conversamos com a dupla em Los Angeles e eles falaram sobre seu processo criativo, como foram as filmagens, suas expectativas para o filme e seu próximo projeto: Os Três Patetas! Assista ao papo!

Olá, como vão vocês?
Peter: Bem, e você?

Ótimo, obrigado. Ótimo filme, a propósito.
Peter: Muito obrigado.

Bobby: Obrigado.
Eu gostei bastante.

Fico feliz com isso.

Como é o processo criativo? Vocês devem ter boas ideias o tempo todo. Como vocês escolhem uma delas e dizem: "Ok, vamos transformar isso num filme"?

Peter: Essa é uma ótima pergunta. Nós temos muitas ideias e poderíamos ter continuado com as coisas que temos, que são cadernos cheios de ideias, mas de tempos em tempos sempre aparece alguma ideia para fazer e deixamos tudo para depois. Foi o que aconteceu com Passe Livre. Deixaram um roteiro do Pete Jones em nossa mesa e nós o lemos e achamos hilário. Era constantemente engraçado. E adoramos o conceito. Então decidimos nos envolver e deixar nosso carimbo.



Bobby: Fazer um filme toma muito tempo... Neste filme, só no roteiro, trabalhamos por três, talvez quatro anos só para deixar tudo certo. Demorou tanto, pois estávamos comentendo pequenos erros durante o processo e a história não estava de todo certa. Mas, eventualmente, a deixamos de um jeito que gostamos.

E por que é tão engraçado ver caras de certa idade tentando "voltar pro jogo"? Digo, o que acontece com a gente?

Peter: O que dizem é que quanto mais velhos ficamos... melhor éramos... Você esquece... você acha que está tão afiado quanto estava antes mas também esquece que você envelheceu... E a certo ponto você se torna invisível para jovens mulheres. E esses caras ficaram trocando fraldas pelos últimos anos e perderam o jeito de como se conversa com uma mulher. Então, há realidade nisso... Até que acordam pra vida.


Bobby: Eles são os peixes fora d'água. Eles não estão mais no jogo. Eles perderam a bola.

Ultimamente as pessoas têm evitado bastante comédias de classificação 18 anos e vocês têm feito isso há algum tempo. Isso muda alguma coisa para vocês?

Bobby: É até melhor quando se faz uma comédia de classificação 18 anos. Você tem muito mais liberdade. Pode-se mostrar mais coisas do que se o filme fosse classificação 10 ou 12 anos. E nós gostamos disso. Mas você também tem que pensar... Sabe, este é um filme sobre casamentos então é preciso exibi-lo a uma platéia mais adulta. Tivemos que manter o foco neles e naturalmete isso torna o filme um pouco mais adulto.

Peter: Na verdade, quando escrevemos... Tornando o filme mais de 18, deixa o filme com uma cara mais internacional. Fica mais real. Parece que as pessoas são mais abertas sexualmente em outros países do que nos Estado Unidos. Eu não acho que escrevemos algo só para os Estados Unidos. Nós achamos que o filme é para todo mundo... Especialmente um filme assim, é culturalmente... Afeta todas as culturas do modo em que estávamos falando aqui.



Eu não sei sobre isso. Eu sou do Brasil, e somos bem travados...

Peter: Ah, é? [risos]

E quão divertido foi trabalhar com elenco... e especialmente com o elenco de apoio? Eles são incríveis.

Bobby: Stephen Merchant, Richard Jenkins, J.B. Smoove. e estes são só do elenco de apoio. Nos divertimos mais neste filme do que em qualquer outro que fizemos antes...justamente por causa do elenco, que era muito engraçado. Owen Wilson é hilário... Jason Sudeikis é um dos caras mais engraçados que já conhecemos... Foi fantástico. Nos divertimos muito.

Peter: Muitas festas...

Eu gostaria perguntar sobre Os Três Patetas. Acho que 75 anos atrás, quando Os Três Patetas começaram...

Peter: Nós começamos a escrever o roteiro naquela época...

Vocês seriam enforcados por causa de um filme como Passe Livre, 75 anos atrás.

Peter: Sim!



Como vocês pretendem trazer aquele tipo de humor para o público de hoje?

Peter: Bem, Os Três Patetas não é como Passe Livre. Não é uma comédia 18 anos, é uma classificação livre. Pois o filme fala... Digo, é naturalmente livre... É um humor físico com muitas piadas. E isso não é feito hoje em dia. É por isso que estamos muito ansiosos. E, novamente, comédia física funciona ao redor do mundo. Ela é bem aceita. Nós acreditamos no fime Os Três Patetas, porém não vamos tentar colocar o carimbo dos irmão Farrelly no Os Três Patetas.

Bobby: Afinal, são Os Três Patetas.

Peter: Nós escrevemos coisas novas... mas para todos os públicos. Tanto para crianças quanto para adultos.

Bobby: Será realmente Os Três Patetas.

Obrigado.

Peter: Por nada.

Na trama, Wilson e Sudeikis vivem dois amigos que ganham das respectivas esposas (Jenna Fischer e Christina Applegate) um passe livre para a infidelidade durante uma semana.

Entrevista para o Site: Omelte.com
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segunda-feira, 4 de julho de 2011

X-MEN - PRIMEIRA CLASSE


O Início de Tudo...

O que parecia ser apenas mais um caça níquel e uma "seqüência" desnecessária (o filme se passa antes da trilogia) surpreendeu como uma das melhores adaptações do ano, dando continuidade as ótimas adaptações dos quadrinhos feitas recentemente para o cinema.
O que antes era visto com maus olhos e pessimismo pelos fãs dos se tornou euforia e animação e com certeza essa nova era veio com o primeiro X-Men - O Filme (2000) que ficou a cargo do então promissor  Bryan Singer que até então tinha na sua filmografia o desconhecido "Linha Direta" (1993) o super-cult "Os Suspeitos" (1995) e a adaptação de Stephen King em"O Aprendiz" (1998).

Mesmo sem ser fã de quadrinhos Bryan Singer conseguiu adaptar de maneira correta para a tela grande o famoso grupo de heróis mutantes comandados pelo Professor Xavier: Os X-Men.
Se bem que mais tarde Synger não teve a mesma sorte na  adaptação do homem de aço no fraco e sem graça "Super Man Returns" (2006).



Assim como na 3ª Parte da Trilogia (X-Men - O Confronto Final de 2006) Synger acabou saindo do projeto devido a confrontos com sua agenda pois já tinha acertado a direção de "Jack and Giant Killer" com previsão de lançamento para 2012,  ficando apenas como produtor e roteirista, dessa vez a direção ficou a cargo do britânico Mathew Vaughn que tinha até então na sua "filmografia" alguns filmes, de conhecido apenas a comédia e também adaptação de quadrinhos da Marvel "Kick Ass" de 2010.



Se mais esse fato causou medo e desconfiança nos fãs, logo foi deixado de lado nos primeiros minutos de X-Men - Primeira Classe.
É estranho no começo ver Charles Xavier (James McAvoy de "O Último rei da Escócia") como um jovem descolado cantando garotas em festas com suas teorias científicas que nada lembra o Xavier mentor do grupo de mutantes mais famosos das histórias de quadrinhos.



Mas esse é o grande barato do filme: Mostrar o início de tudo, as descobertas dos novos poderes, o início do confronto entre Xavier e  Eric Lehnsher que mais tarde se tornaria o seu inimigo mortal : o Magneto (Michael Fessbender de "Bastardos Inglórios") até mesmo a infância de alguns dos personagens, como a infância traumatizante de Magneto quando foi levado para o campo de concentração com sua família (fato mostrado no início do primeiro filme mas agora revelado com mais detalhes) vendo a morte de seus pais e sendo levado até o Dr. Schimdt (Kevin Bacon como sempre muito bem como vilão)
Além também da infância de  Xavier quando conheceu Raven (Jennifer Laurence de  "Inverno da Alma" de 2011), mais conhecida como mística que mais tarde cansada do ódio dos humanos a sua raça, viria a se unir a Magneto.



O filme amarra muito bem a sua trama fincando-se de maneira correta e sem furos aos outros filmes da série X-Men. Não decepciona nas cenas de ação e é muito bem dirigida nas partes mais dramáticas.
Outro grande destaque claro é o roteiro que soube unir fatos históricos da humanidade a história dos mutantes, no caso a crise dos lançamentos de mísseis a Cuba em 1960 em plena Guerra Fria.



Em 2011 e 2012 além dos lançamentos de X-men, Thor e Lanterna Verde , ainda vem por aí Capitão América, Batman e o novo Homem Aranha.
Só nos resta aguardar os próximos lançamentos, graças a Bryan Singer e claro Cristopher Nolan (que deu nova vida ao homem morcego) dessa vez, não tão apreensivos

NOTA: 8,5





X-Men: First Class (2011)
Gênero:Aventura
Duração:2 hr 12 min
Ano de lançamento: 2011
Estúdio: Twentieth Century Fox Film Corporation | Bad Hat Harry Productions | Donners\\\' Company
Distribuidora: Twentieth Century Fox Film Corporation (EUA) |
Direção: Matthew Vaughn
Roteiro: Jane Goldman, Jamie Moss Ashley Miller, Zack Stentz e Josh Schwartz, baseados no argumento de Bryan Singer
Produção: Bryan Singer, Gregory Goodman, Simon Kinberg e Lauren Shuler Donner
Música: Henry Jackman
Fotografia: Ben Davis
Direção de arte: Paul Booth e James Hambidge
Figurino: Sammy Sheldon
Edição: Eddie Hamilton e Jon Harris




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