terça-feira, 27 de setembro de 2011

PREMONIÇÃO 5

O Destino Final???

O primeiro "Premonição" foi lançado em 2000 e surpreendeu muita gente com sua forma inovadora, o enredo interessante , já que pela primeira vez a própria morte era o grande "vilão " da história e com suas formas engenhosas de ceifar a vida dos seus inocentes personagens, mas acabou entrando para a galeria dos grandes filmes de terror que, apesar de inovadores na época em que foram lançados, acabou perdendo qualidade quando se tornou uma franquia, assim como "Jogos Mortais", "Sexta-feira 13", "A Hora do Pesadelo" , "A Bruxa de Blair", entre outros...
No primeiro filme alguns jovens saeam do avião em que estavam, assustados com a premonição de um deles que o avião iria explodir. A partir daí todos os filmes da franquia seguem o mesmo passo:

1° Não se pode enganar a morte e como eles mudaram o destino "ela" não deixará isso barato e cada um deles irá morrer de forma totalmente absurda e espetacular.
2° Um detetive irá investigá-los achando que tudo aquilo não foi uma simples coincidência.
3° A medida que cada um deles escape da morte a vez passa para o seguinte.



Dos 4 filmes anteriores, com excessão do primeiro que foi o melhor da franquia talvez só o "Premonição 2" conseguiu um resultado razoável, já que os outros foram totalmente esquecíveis.
A última parte dessa franquia apesar de seguir os passos dos anteriores conseguiu inovar, já que a Morte, "interpretado" pelo ator Tony Todd ( do filme de terror "Candy Man" e esteve presente em "Premonição" 1 & 2) lhes confidencia uma nova regra:

Como eles enganaram a morte e seus dias já estão contados, se eles matarem alguém, automaticamente a pessoa  assume o lugar deles no mundo dos mortos e eles ficam com o tempo de vida restante da pessoa que eles matarem, mas será que eles irão conseguir tirar a vida de alguém para salvar a própria vida?
O tempo agora está contra eles e a morte não pode esperar...




Não espere atuações empolgantes (o elenco teen parece ter sido tirado do teste do High School Music), nem personagens bem construídos, já que todos os personagens clichês dos filmes de terror estão lá ,desde o nerd, ao excluído ,a gostosona da turma e o galã canastrão.

O grande destaque acaba sendo mesmo a morte que quando "entra em ação" nos dá as cenas mais empolgantes do filme (a cena do acidente na ponte é espetacular) , ganhando maior destaque ainda no formato 3D.
O roteiro tem alguns furos como era de se esperar, como o laudo pericial do acidente dado horas depois do ocorrido.



Além da nova regra que acabou gerando um novo folego nessa nova parte da franquia, o filme fecha de maneira interessante, fazendo uma ponte com um dos filmes anteriores. Apesar de parecer ser o final da franquia ( o "Premonição 4" também era pra ser) os produtores não descartaram a possibilidade de uma continuação, dependendo da bilheteria internacional do filme, o que será um pena, pois o filme fechou de maneira inteligente a franquia, mas se tratando da ambição dos produtores hollywoodianos, não podemos duvidar de nada.

O roteiro ficou a cargo de Eric Heiser, do remake de "A Hora do Pesadelo" e a direção com Steven Quale, assiste de direção de James Camerom em "Avatar e Titanic".
Se você gosta de acidentes espetaculares, Mortes e muito sangue não irá se decepcionar...


NOTA: 5,5





Título original: (Final Destination 5)
Lançamento: 2011 (EUA)
Direção: Steven Quale
Atores: Nicholas D'Agosto, Emma Bell, David Koechner, Tony Todd.
Duração: 95 min
Gênero: Terror
Status: Estréia
















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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O HOMEM DO FUTURO

O Cinema Nacional do Futuro???

O cinema sempre teve entre suas principais características mexer com o imaginário popular. Dar formas a coisas que só existem no mundo dos sonhos. Famílias se reuniam para ir ao cinema num sentimento uníssono de fantasia.
Apesar dessa característica, isso nunca foi muito forte no cinema nacional que sempre focou mais na realidade. Talvez por isso as ficções científicas e os filmes de ação ou terror nunca foram gêneros muito fortes no nosso cinema, ao contrário do drama e dos filmes policiais, ou do grande filão do momento: a comédia romântica.
Já para os Estados Unidos da América, o grande polo cinematográfico mundial e maior exportador de cinema do mundo, isso nunca foi problema, e foi justamente de lá que Cláudio Torres (filho de Fernanda Montenegro e do falecido Fernando Torres e diretor de "Redentor" e "Mulher invisível) foi buscar suas influências.


 Vemos referências/influências que vão desde "Peggy Sue - seu passado a espera", passando por "De volta para o futuro", "O exterminador do futuro" e até coisas que lembram "Efeito Borboleta" e "Deja Vu", sobre como mudar o passado pode ter fatos desastrosos no futuro.
Aí fica a grande pergunta: com tantas referências americanizadas num filme nacional, o filme funciona?
a resposta? Para minha surpresa: sim!



Por ser um gênero pouco usual no nosso cinema "O homem do Ano" corre um grande risco de causar uma reação adversa no público que acha plenamente aceitável um homem viajar no tempo nos Estados Unidos, mas que em solos tupiniquins toma contornos de piada. Então só nos resta uma opção: apenas esqueça isso e se divirta.

 Pelos filmes anteriores de Cláudio Torres fui com um certo pessimismo , mas pouco a pouco o roteiro e os personagens foram me conquistando, apesar das reviravoltas habituais e esperadas desse tipo de filme.
Zero (Wagner Moura como sempre fantástico) é um cientista com um ambicioso projeto de um acelerador de partículas. No passado ele foi abandonado e humilhado pelo grande amor da sua vida, Helena (Aline Moraes, cada vez mais linda) o que lhe causa grande infelicidade .

Prestes a ser demitido ele resolve pôr em prática o seu projeto que por acidente acaba criando um buraco negro que o leva até o fatídico dia em 1991 no baile de formatura. quando sua vida mudou para sempre. Agora resta a ele tentar convencer a si mesmo no passado a mudar os fatos, acreditando que isso seria o certo para seu futuro e que a aproximaria do seu grande amor, mas as coisas não saem como ele planejou.




A ideia de voltar ao passado é algo que  em algum momento já passou pela cabeça de alguém, o que já gera uma grande identificação com o grande público assim como um amor perdido do passado e que você voltaria pra consertar as coisas, e o diretor Cláudio Torres soube explorar muito bem isso, principalmente do elenco. Wagner Moura rouba a cena todas as vezes que aparece, mostrando porque é um dos melhores atores do nosso cinema, seja interpretando o nerd gago do passado ou o cientista triste do futuro, (ele chega a interpretar 3 versões do mesmo personagem)  nos fazendo esquecer que já interpretou um dos personagens mais casca grossas e um ícone do nosso cinema: o Capitão Nascimento.

Aline Moraes também dá um show a parte, numa personificação perfeita da musa dos sonhos de todo adolescente. Linda e cada vez mais mostrando que não é só mais um rostinho bonito e que ainda renderá bons frutos pro cinema nacional. Destaque também para Maria Luís Mendonça ( a eterna buba e mulher do diretor Cláudio Torres) e para o engraçado e ainda não tão conhecido do grande Público Fernando Ceylão.



Não podemos deixar de destacar também a bela fotografia, a direção de arte e os efeitos especiais de primeira linha.
Então é isso, por mais difícil que seja para você aceitar a inverossímil idéia de um filme nacional sobre viagem no tempo, se você conseguir fazer isso, com certeza você vai se divertir...
Que bom que esse filme diferente das últimas comédias românticas nacionais não foi um "tempo perdido"...






Título original: (O Homem do Futuro)
Lançamento: 2011 (Brasil)
Direção: Cláudio Torres
Atores: Wagner Moura, Alinne Moraes, Fernando Ceylão, Maria Luísa Mendonça.
Duração: 106 min
Gênero: Comédia Romântica
Status: Em cartaz

NOTA: 6,5

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ENTREVISTA DIRETOR & ELENCO DE HOMEM DO FUTURO


Entrevista com o diretor Cláudio Torres (Redentor , Mulher Invisível) sobre seu novo filme: "O Homem do Futuro"e com elenco que tem: Wagner Moura Alinne Moraes, Maria Luisa Mendonça Gabriel Braga Nunes , Fernando Ceylão .
Zero (Wagner Moura) é um cientista brilhante e solitário que acredita ser infeliz porque 20 anos atrás foi humilhado pelo grande amor da sua vida.
Ao tentar criar uma forma revolucionária de energia volta acidentalmente ao passado e se vê diante da chance de encontrar a si mesmo (20 anos mais jovem) e corrigir os erros de sua própria vida.brTentar manipular os caminhos do tempo é mais difícil e confuso do que possa parecer.

ENTREVISTA DO SITE: www.omelete.com


ENTREVISTA WAGNER MOURA


ENTREVISTA CLÁUDIO TORRES (SET)


ENTREVISTA MARIA LUIZA MENDONÇA


ENTREVISTA GABRIEL BRAGA NUNES & FERNANDO CEILÃO

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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

PLANETA DOS MACACOS - A ORIGEM



O Início de Tudo...

Vivemos na época dos prelúdios. Não sabemos se por ganância ou por ousadia , cada vez mais os produtores tem investido em explicar a origem de histórias já consagradas junto ao grande público.
Isso acaba sendo tão perigoso quanto os enfadonhos remakes.
Se recriar clássicos já era perigoso (vide "Psicose", "Carrie - a estranha", e o "Planeta dos Macacos" de Tim Burton entre outros)   explicar a origem deles de maneira convincente, ligando os pontos de maneiras coerentes, sem deixar pontas soltas pelo caminho é um perigo quase mortal e foi justamente esse temor que tomou conta os fãs dessa "franquia" que se iniciou em 1968 com o filme de Franklin J. Schaffner.
Se para os fãs, cada erro cometido é quase uma ferida que dificilmente cicatriza para os produtores é apenas mais uma  franquia.
Qual será o próximo passo deles: remake dos prelúdios???



James Franco (de "127 Horas") é Will Rodman um cientista que trabalha com engenharia genética e tem uma de suas principais experiências fracassadas, quando testava em um macaco o ALZ - 112, uma fórmula criada por ele em busca da cura do Alzheimer.
Com o fracasso da experiência todos os macacos tem que ser sacrificados, mas Will acaba ficando com o filhote do principal deles, seguindo por si só a experiência, já que seu pai (John Lightgow - o eterno vilão de Brian De Palma, aqui mais bonzinho do que nunca) sofre da doença da qual ele tanto busca a cura.

Com a experiência em andamento o macaco ( que  é batizado de César)  começa a fazer parte do dia a dia de Will se tornando praticamente um novo membro da família.
Reagindo bem a experiência ele começa a desenvolver  inteligência e habilidades cognitivas fora do comum, mas logo o que parecia uma evolução começa a gerar conflitos com sua própria natureza.



Criado quase como um ser humano, César aprende a se comunicar através de  linguagens de sinais e tem contato pela primeira vez com seu verdadeiro habitat natural, quando é levado por Will, seu pai e sua namorada (a belissíma Freida Pinto de "Quem quer ser um milionário") , a ter contato com a natureza, num dos grandes momentos do filme.

Percebendo que a realidade na qual foi criada vai de encontro a sua própria natureza e após um incidente onde acaba sendo levado para um local onde terá que conviver com outros da mesma espécie ele começa a se revoltar com a raça da qual um dia achou fazer parte, dando origem a uma revolução, no eterno confronto entre o homem e a natureza.
Num dos momentos mais interessantes do filme, César ao ser levado por uma coleira por Will ao se deparar com um casal que  levava um cão com uma coleira ele pergunta a Will (através de sinais) "É isso que sou pra você? Um animal de estimação?" e Will lhe responde: "Não, eu sou seu pai".

Esse sem dúvida é um dos grandes trunfos do filme, que fugiu do esteriótipo de cientista maluco e sem escrúpulos que normalmente é usado, dando um tom mais humano ao personagem de James Franco.
Outro personagem que ganha uma grande "dose de humanidade" é o do César, através do olhar humano e cheio de sentimentos do personagem, que apesar de ser feito digitalmente tem por trás dele ninguém menos que Andrew Serkis, responsável pela performance de Gollum em "Senhor dos Anéis".





Assim como em "X-Men - First Class" e "Batman Beggins" o resultado foi dos mais satisfatórios.
A direção ficou a cargo de Rupert Wyatt do ótimo thriller "A Escapada (2008). 
O Roteiro ficou a cargo da dupla de roteiristas  Rick Jaffa (roteirista de "Olho por Olho" (1996) com Sally Field e Kiefer Sutherland) e Amanda Silver (também roteirista de "Olho por Olho", e "A mão que balança o Berço"(1992) do qual Rick Jaffa foi o produtor.

Munidos de um bom diretor e uma competente dupla de roteiristas os avanços tecnológicos se encarregaram do resto.
Normalmente as grandes produções capricham nos efeitos visuais (que ficou a cargo da empresa do diretor Peter Jackson - Weta Digital) deixando o roteiro para segundo plano, mas dessa vez os dois se completam de maneira precisa nos presenteando com uma recriação digna dessa  mitológica série de ficção científica.

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Planeta dos Macacos - A Origem dominou as bilheterias americanas arrecadando em 10 dias arrecadou 104, 87 milhões de dólares, superando seu custo que foi de 93 milhões.
O filme  estreiou no circuito Nacional no dia 26 de Setembro e por aqui também tem dominado a bilheteria.
O Final indica uma possível uma possível continuação, já confirmada pelo diretor Rupert Wyatt.



Planeta dos Macacos: A Origem
(Rise of the Planet of the Apes) 2011
Direção: Rupert Wyatt
Elenco: James Franco, Freida Pinto, Andy Serkis, Brian Cox, Tom Felton, David Hewlett, John Lithgow.
Gênero: Aventura
Duração: 105 min.
Distribuidora: Fox Film


NOTA: 8,5







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CINEMOVIES: O CINEMA EM SUA TELA!!!