domingo, 3 de fevereiro de 2013

DJANGO LIVRE - PARTE II

Quentin Tarantino  nunca escondeu ser um grande fã dos westerns. De Sam Packinpah a Sérgio Leone , Quentin Tarantino sempre externou, seja em suas entrevistas ou  em algumas cenas de seus filmes que esse sempre foi um de seus estilos prediletos, principalmente o que convencionou-se a chamar de Western Spaghetti que são os westerns feitos por diretores italianos que tem entre os seus principais representantes o já citado Sérgio Leone, Sérgio Corbucci, entre outros.

Em "Kill BIll Vol.1 e Vol. 2" vimos uma prévia do que viria e em "Django Livre" a homenagem se consolida.
O Filme originalmente se chamaria "The Angel, the Bad and the Wise" em homenagem a Sérgio leone, mas acabou se chamando mesmo "Django Livre" que nada tem a ver com " Django" (1966) de Sérgio Corbucci, aquele "herói" que saía arrastando um caixão, estrelado por Franco Nero (que faz uma pequena participação no filme).



O Django que dá nome ao filme é negro (Influência do Blaxplotation - movimento do cinema negro americano nos anos 70 -  outra grande influência do diretor) e escravo. Ao ser levado com outros escravos, ele é recrutado por Dr. King Schultz ( o fantástico Christoph Waltz que já trabalho com QT em "Bastardos Inglórios", vencedor do Globo de Ouro de ator Coadjuvante desse ano), um caçador alemão de recompensa que procura 3 homens que no passado torturaram e sequestraram a mulher de Django, Broomhilda (Kerry Washington) uma escrava negra que fala alemão.

Schultz promete que assim que pegar os homens que procura dará a liberdade a Django que vê a chance de se tornar um homem livre e de quebra se vingar dos algozes de sua mulher . Surge então uma inusitada dupla que só poderia surgir no mundo de Quentin Tarantino.
Após a vingança é hora de ir atrás da amada de Django que foi comprada por Calvin Candie (Leonardo DiCaprio - Muito bom),  dono da fazenda "Candyland",e fã fervoroso da luta entre escravos até a morte.



Todos os elementos  que fizeram Tarantino ser a referência que é hoje em dia estão lá: Personagens cativantes e excêntricos vociferando alguns dos melhores diálogos do diretor e a ótima trilha sonora que passeia do velho oeste ao hip-hop contemporâneo e claro a violência sem cerimônia.
Como sempre não há mocinhos nos seus filmes, mas anti-heróis e Jammie Foxx cumpre bem o seu papel e nesse em particular destaque para os 2 vilões Espetaculares protagonizados por Leonardo de Caprio e Samuel L. Jackson.


Mas há algo de incomodo no reino de Django Livre.
Algumas cenas  tornaram-se demasiadamente longas e cansativas. A piada sobre a Klu Kulx Kan e suas mascaras ou a escrava contestando a maneira como se dirigir a Django chegam a  ser constrangedoras.
O final também apesar da fantástica cena do jantar também se torna demasiadamente longa.
Até a violência em algumas cenas como a da luta de mandigos soaram um pouco gratuitas.

"Django Livre" está longe de ser um filme ruim, é apenas um filme irregular que não faz jus a maioria dos clássicos de Tarantino, principalmente em comparação ao último "Bastarados Inglórios".
Pra completar fui forçado a ver o filme dublado pois só tinha legendado para as 23 h. fazer o quê?
 A vida não é perfeita, Tarantino também não...














Django Livre
(Django Unchained, 2013 / EUA)
Direção: Quentin Tarantino
Roteiro: Quentin Tarantino
Com: Jamie Foxx, Christoph Waltz, Leonardo DiCaprio,
Samuel L. Jackson, Dennis Christopher, Kerry Washington
 e Franco Nero
Duração: 165 min

NOTA: 7,0





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