sexta-feira, 2 de março de 2007

VENCEDORES DO OSCAR 2007

And the Oscar is goes to...

O Oscar 2007 não foi muito diferente dos anos anteriores: muitas estrelas, glamour, flashes e aquele velho ar de prêmio de status.

Só isso explica o prêmio de melhor filme para "Os Infiltrados" (que é um bom filme, mas não merecia) melhor diretor para Scorsese (que também é um ótimo diretor, mas foi mais um pedido de desculpas da academia do que merecimento) e roteiro original para o filme já citado acima, sendo que o filme é um remake de um filme chinês.


A decepção da noite ficou para o filme Babel que das seis indicações só levou o de trilha sonora e as surpresas foram o filme Espanhol O Labirinto do Fauno (que arrebatou 3 prêmios) e a estreante em oscars Jennifer Hudson que levou a estatueta de Atriz coadjuvante, desbancando Cate Blanchet.



A apresentação ficou a cargo da sem graça Ellen De Genneres (Mais conhecida como a ex-namorada da atriz Anne Heche).
Que saudades de Billy Cristal.
Mas é isso aí. É o velho oscar...

And the Oscar is goes to...?



* Melhor filme: Os Infiltrados
* Melhor Diretor: Martin Scorsese (Os Infiltrados)
* Melhor ator: Forest Whitaker (O Último Rei da Escócia)
* Melhor atriz: Helen Mirren (A Rainha)
* Melhor ator coadjuvante: Alan Arkin (Pequena Miss Sunshine)
* Melhor atriz coadjuvante: Jennifer Hudson (Dreamgirls - Em Busca de um Sonho)


* Melhor roteiro original: Pequena Miss Sunshine (Michael Arndt)
* Melhor roteiro adaptado: Os Infiltrados (William Monahan)
* Melhor fotografia: O Labirinto do Fauno (Guillermo Navarro)
* Melhor edição: Os Infiltrados (Thelma Schoonmaker)
* Melhor direção de Arte: O Labirinto do Fauno (Direção de arte: Eugenio Caballero/ Set: Pilar Revuelta)

* Melhor figurino: Maria Antonieta (Milena Canonero)
* Melhor trilha sonora: Babel (Gustavo Santaolalla)
* Melhor canção: I Need to Wake Up, de Uma Verdade Inconveniente (Melissa Etheridge)
* Melhor maquiagem: O Labirinto do Fauno (David Marti e Montse Ribe)
* Melhor edição de som: Cartas de Iwo Jima (Alan Robert Murray)
* Melhor mixagem de som: Dreamgirls - Em Busca de um Sonho (Michael Minkler, Bob Beemer e Willie Burton)
* Melhor efeito especial: Piratas do Caribe - O Baú da Morte (John Knoll, Hal Hickel, Charles Gibson e Allen Hall)
* Melhor animação: Happy Feet - O Pingüim, de George Miller
* Melhor filme estrangeiro: A Vida dos Outros (Alemanha)
* Melhor documentário em longa-metragem: Uma Verdade Inconveniente

* Melhor documentário em curta-metragem: The Blood of Yingzhou District
* Melhor animação em curta-metragem: The Danish Poet (Torill Kove)
* Melhor curta-metragem:West Bank Story (Ari Sandel)

2 comentários:

Wiliam Domingos disse...

haiahiahaiha
vlw pela visita no meu blog!!!
Como sempre o Oscar e suas surpresas né, mas este ano até que não foi tanto assim.
Uma coisa eu concordo, nossa que apresentadora mais sem graça hein....
hiahiaihah
abraço

http://eco-social.blogspot.com/

20:25
Anônimo disse...

PLAYBOY - Como é para um jovem ser transformado da noite para o dia de rato de cinema em um astro de rock, como aconteceu com você quando Pulp Fiction foi lançado?
Quentin Tarantino - Vamos deixar uma coisa bem clara: estamos usando o termo astro de rock porque você o trouxe à tona.

PLAYBOY - A fama súbita mudou o jeito das mulheres em relação a você? Diretores-roqueiros também têm fãs dispostas a algo mais do que um autógrafo?
Tarantino - Antes mesmo de Pulp Fiction, comecei a descobrir como é cool ser diretor. Quando passei a freqüentar o circuito dos festivais, estava transando o tempo todo. Nunca havia saído do país, e eu não só estava transando adoidado como transando com garotas estrangeiras. Quando não transava, estava dando uns amassos numa garota italiana que era a imagem escarrada de Michelle Pfeiffer.

PLAYBOY - Era com esses tipos de mulher que você sonhava quando ganhava um salário mínimo?
Tarantino - Não, não vivi a Vingança dos Nerds. Sempre gostei de mulheres interessantes e bonitas. Nunca andei por aí achando que eu era um idiota que não poderia descolar ninguém. Nunca achei que nenhuma garota fosse inatingível, desde que ela tivesse tempo de me conhecer melhor. Mas, quando você passa boa parte de seu tempo alugando filmes na Video Archives [locadora onde Tarantino trabalhava], é muito difícil de encontrar garotas, a não ser que elas estejam a seu redor. Durante o tempo em que estive trabalhando na locadora, minhas únicas namoradas foram freguesas. Fora isso, eu saía com meus amigos sem namoradas e ia ao cinema. No minuto em que comecei a trabalhar em lugares onde tinha contato com mais mulheres, a história tornou-se bem diferente. Quando comecei a encontrar garotas no circuito dos festivais, me senti como Elvis. Fiquei malucaço por um tempo -- dando os maiores amassos. Adoro beijar. Beijo bem.

PLAYBOY - E a respeito das massagens nos pés que você popularizou em Pulp Fiction?
Tarantino - Sou conhecido por fazer uma ótima massagem nos pés. Mas com Cães de Aluguel e Pulp Fiction a coisa ficou fora de controle. Tinha que recuperar o tempo perdido. O que garotos bonitões fazem aos 20 anos, eu estava fazendo aos 30. Posso ir a qualquer bar que nunca coloquei os pés antes e, em dois minutos, ter duas garotas ao meu redor, se não mais. Geralmente vou para casa com alguns números de telefone no bolso mesmo que não peça por eles. Se for a um bar de strip-tease e jogar as cartas certas, posso levar uma stripper para casa. Se uma stripper dança para mim já no fim da noite, ela provavelmente vai me convidar para um café ou coisa parecida.

PLAYBOY - Depois da fama, qual foi a sua maior surpresa com as mulheres?
Tarantino - Uma coisa pela qual não esperava era receber correspondência com conteúdo sacana das fãs. Acho o máximo.

PLAYBOY - Você quer dizer fotografia delas peladas?
Tarantino - Nunca recebi fotografia de fãs peladas. Eram garotas de 12, 13 ou 25 anos, que tinham grandes taras por mim e que me escreveram sobre isso. Também recebi cartas sacanas muito legais. As garotas andaram filosofando sobre minha sexualidade. Algumas das fotos e cartas eram brilhantes.

PLAYBOY - As melhores delas, por favor.
Tarantino - Uma garota me mandou uma latinha de bolas de tênis com uma foto e um bilhete, que dizia: "Agora que você tem bolas, me liga".

PLAYBOY - Você ligou?
Tarantino- Liguei, mas ela estava em Saint Louis e eu não quis viajar até lá. Respondi algumas cartas. Jamais vou esquecer uma das garotas. Acho que nem cheguei a ligar para ela. Estava com medo de que fosse muito jovem. Na fotografia, parecia ter 20 anos, mas também podia ter 15. Era uma jovem negra. Estava rodando Um Drink no Inferno, com George Clooney. Fui bater no trailer dele. Ao ler a carta para ele, George disse: "Uau".

PLAYBOY - Ele recebe boas cartas também.
Tarantino- Nos divertíamos lendo as cartas sacanas um do outro. Esta era muito criativa. Primeiro, ela falava sobre os filmes que gostaria de assistir comigo, usando uma linguagem de garota cinéfila cool. Depois, entrava na baixaria, mencionava beijos por horas e escrevia: "Eu quero te vestir como uma camareira francesa e, enquanto sento numa cadeira vestida com cinta-liga, calcinha e fumando um cigarro, farei você tirar cada fiozinho do carpete. E não vou ser boazinha! Você vai ter que ficar de quatro, e eu quero o carpete completamente limpo enquanto fumo meu cigarro".

PLAYBOY - Já se passaram seis anos desde Jackie Brown. Por que tanto tempo? Houve rumores de que você teve crise de ansiedade e bloqueio para escrever.
Tarantino- Não tive bloqueio nenhum. Escrevi muito durante esses seis anos. Escrevi um longo filme de guerra chamado Inglorious Bastards [Bastardos Inglórios], que foi como uma novela gigantesca. Poderia resultar em três filmes diferentes. Não fiquei ansioso ao escrever Kill Bill nem estava com medo de que o mundo visse meu filme. Apenas queria que ele fosse muito bom. Gastei um ano para escrever apenas uma longa seqüência de luta em Kill Bill.

PLAYBOY - Os cineastas Orson Welles e Peter Bogdanovich também fizeram filmes revolucionários no começo de suas carreiras. Mais tarde, porém, não conseguiram repetir o feito e pareceram algemados à expectativa do público. Isso é perigoso?
Tarantino- Adoro ser algemado a expectativas. Nunca tive problema com isso. Não estou tentando recriar o fenômeno de Pulp Fiction, mas pretendo continuar inovando. Nada a respeito do sucesso e reconhecimento que Pulp Fiction teve foi ruim ou negativo. Blade Runner só foi valorizado dez anos depois de pronto. Achava que minha vida seria assim. Não imaginava essa explosão já durante o lançamento do filme.

PLAYBOY - O que é inovador em Kill Bill?
Tarantino- Não penso dessa forma. As pessoas irão ver o filme e filtrá-lo de volta para mim. Venho tendo essa conversa há algum tempo, porque, para algumas pessoas, Cães de Aluguel seria o melhor que eu poderia fazer. E agora esse pobre e estúpido garoto está tentando superar Cães de Aluguel? Se alguém tivesse me perguntado que tipo de inovação houve em Pulp Fiction, teria que dizer nenhuma. Era apenas o que queria ver num filme, o que achava que seria cool. Não me surpreendo quando as pessoas ficam surpresas. Elas não assistiram a todos os filmes que eu vi e não estão enfastiadas com filmes como eu estou. Preciso fazer essas coisas para a experiência de filmar valer a pena.

PLAYBOY - Este filme era para ser uma pequena produção antes de seu grande filme sobre a Segunda Guerra Mundial. Agora Kill Bill tornou-se tão grande que precisou ser dividido em duas partes, que custaram seis vezes mais que Pulp Fiction. Como isso aconteceu?
Tarantino- Quando Ethan Hawke, então marido de Uma Thurman, leu o roteiro pela primeira vez, disse: "Quentin, se este é o épico que você está fazendo antes de fazer seu épico, receio por seu épico". Kill Bill tornou-se um grande épico do gênero exploitation [filmes com temática negra e pancadaria típicos da década de 70]. Espero que seja a produção que todo amante dos filmes de exploitation estava esperando, sem a pretensão de ser um grande épico.

PLAYBOY - Não é esquisito dividir um filme em duas partes?
Tarantino- Não havia nada que me impedisse de dividi-lo. Sempre desenhei filmes para serem maleáveis, sempre criei diferentes versões para a Ásia e para os Estados Unidos e a Europa. Não faço filmes para os americanos, faço filmes para o mundo. No último mês de filmagens, Harvey Weinstein [co-presidente do estúdio Miramax] veio nos visitar no set e sugeriu dividir o filme em duas partes. Em apenas uma hora, eu já havia equacionado como tudo funcionaria. De cara, nós filmamos duas seqüências de abertura. Este é o meu tributo ao cinema de lutas marciais e alguma coisa estava me incomodando em lançar um filme de pancadaria com duração de três horas. Pareceu-me pretensioso um filme de arte meditando sobre um filme de pancadaria. Dois filmes de 90 minutos sendo lançados rapidamente, um depois do outro, não é pretensioso, é ambicioso.

PLAYBOY - A abundância de sangue em Kill Bill vai limitar a audiência?
Tarantino- Eu gosto de Kill Bill porque é violento para caramba, mas também porque é divertido para caramba. O filme não se passa em nosso universo, e sim no universo cinematográfico. É um filme que sabe que é um filme. Você pode gostar dele ou não, mas, se é um amante de cinema e conhece o negócio, acabará ao menos sorrindo ao assisti-lo. Em determinado momento, Harvey Weinstein estava preocupado que a violência espantasse o público feminino. Eu disse: "Não se preocupe. Elas vão amar o filme. Elas vão se sentir revigoradas por ele". Acho que garotas de 13 anos vão amar Kill Bill. Quero que jovens garotas possam ver esse filme. Elas vão amar a personagem de Uma Thurman. Elas têm minha permissão para comprar ingresso em um multiplex para outro filme e entrar de bico em Kill Bill. Esse é um dinheiro que abro mão. Quando era garoto, costumava ir aos cinemas quando eles não tinham o título dos filmes no ingresso. Sou bicão de cinema há muito tempo.
PLAYBOY - Você idealizou Kill Bill com Uma Thurman no set de Pulp Fiction. Depois ela e o ex-marido, o ator Ethan Hawke, tiveram um filho. Você teve que decidir se esperava até ela dar à luz ou se a substituiria. Essa grande espera deve ter lhe deixado tentado a trocá-la, não?
Tarantino- Pensei muito nisso durante duas ou três semanas. Era uma decisão que precisava tomar.

PLAYBOY - Como ela o convenceu do contrário? Esta é a mais suculenta personagem dela desde Pulp Fiction.
Tarantino- Uma estava tão entregue ao papel, tão enamorada deste filme, que eu teria partido o coração dela caso tivesse optado por outra atriz. Mas ela também não queria arruinar minha vida, afinal estava tendo o bebê e o filme era meu. Ela me deixou decidir. E decidi. Tinha que ser com ela. Se você é Sergio Leone, consegue Clint Eastwood para fazer Por um Punhado de Dólares e ele fica doente, você espera por ele. Se você é Joseph von Sternberg fazendo Marrocos e Marlene Dietrich quebra a perna, você espera.
PLAYBOY - Warren Beatty assinou contrato para interpretar o personagem Bill. Ele foi substituído por David Carradine, o que manteve viva sua tradição de reciclar atores esquecidos do passado, como John Travolta, Pam Grier, Robert Foster. Por que Warren não fez o filme?
Tarantino- Ele queria muito. Mas, quando chegamos mais próximos do início do trabalho, as coisas mudaram. Na hora H, ele achou que seria um compromisso maior do que eu deixei transparecer. Bill não aparece até quase o final do primeiro filme, mas Warren teria que passar por um treinamento de três meses de kung fu, ao qual todo mundo foi submetido. E ele não estava preparado para treinar por tanto tempo.

PLAYBOY - Ele teria que ter deixado a família.
Tarantino- Assim como todos. Vivica Fox deixou a família por um longo tempo. E as cenas dela foram rodadas durante apenas uma semana e meia. Ela enfrentou três meses de treinamento, incluindo um mês em Pequim, e a cena dela foi rodada seis meses depois. Ela não gostou disso, mas, quando aquela semana e meia chegou, ela arrasou como você não poderia imaginar. Eu precisava dessa dedicação.

PLAYBOY - Quem pensou em David Carradine?
Tarantino- Warren Beatty. Pensei em Carradine depois de ler a autobiografia dele, mas nunca disse a ninguém. Warren, de repente, sugeriu o nome dele e eu ri. No minuto em que ele falou em Carradine, me convenci.

PLAYBOY - David Carradine tem a reputação de ser um pouco excêntrico.
Tarantino- Sou grande fã dele. Junto com poucos atores, como Jack Nicholson e Christopher Walken, David é um dos grandes gênios loucos da comunidade de atores. Há também o aspecto de ter Gordon Liu representando Hong Kong e Sonny Chiba representando o Japão, além de David Carradine, estrela do seriado Kung Fu, representando os Estados Unidos - uma reunião dos três países que fizeram o que o gênero de artes marciais é hoje.

PLAYBOY - Você passou quatro meses na China rodando Kill Bill. Como um cara se diverte num país comunista?
Tarantino- A vida noturna na China é uma loucura. A Sixth Street, em Austin, tem um monte de bares. Bem, em Pequim, eles têm cinco ruas como aquelas e os bares ficam abertos durante a noite toda. Quando terminávamos de filmar após seis dias seguidos, saíamos para as baladas. A gente ficava fora a noite de sábado inteira e dormíamos o dia todo no domingo. No momento, a China é a capital mundial do ecstasy. Eles têm ecstasy que vai além do ácido. É demais. A gente se divertiu muito na China.

PLAYBOY - Você tomou ecstasy?
Tarantino- Tomei. A primeira vez que fui à Grande Muralha da China, estava rolando uma rave, que durou a noite inteira. Havia bandas de rock e fogos de artifícios. A gente estava fumando maconha e tomando ecstasy. Foi o máximo. Eu e uma parte da equipe técnica nos divertimos como roqueiros. É um grande jeito de ver a Muralha pela primeira vez.

PLAYBOY - Você escreve sobre bad guys que passam pelos piores problemas imagináveis. Qual foi a pior situação que já teve de se livrar? Foi quando passou um tempo na cadeia?
Tarantino- Fui para a cadeia em três situações diferentes, todas por violações de trânsito. Estava com 20 anos e quebrado. Ganhava 8 mil dólares por ano. Se me pegavam por alguma imprudência no tráfego, eu tinha que ir para o xadrez, pois não podia pagar multa ou fiança e isso quer dizer cana na certa. Você cumpre os dias na prisão e depois tenta evitar que te peguem novamente.

PLAYBOY - Você socou um produtor de Assassinos por Natureza num restaurante de Hollywood e se atracou num bar de Nova York com um cara que criticou o jeito que você se refere aos negros em seus filmes. Você perde a esportiva facilmente?
Tarantino- Não acho que tenho o pavio curto. Posso entrar numa discussão e a coisa esquentar. Mas não vou às vias de fato por conta própria, porque sei que não existe um limite para mim. Dependendo de quão grossa a merda fica, vou até o fim se achar necessário. Mas não quero. A vida será muito mais fácil se eu não brigar. Posso ficar com muita raiva de um cara sem bater nele. Mas, no minuto em que ele engrossar, estarei lá.

PLAYBOY - Qual foi a última vez em que você se meteu numa briga?
Tarantino- Houve uma época em que isso estava acontecendo muito. Teve um incidente que ninguém ficou sabendo. Foi com um motorista de táxi. Estava com uma garota e ele foi bastante grosseiro. Começamos a discutir. A gente estava gritando um com o outro e ele disse alguma coisa sobre ela. Corri para a lateral do táxi e meti-lhe a porrada. Leões-de-chácara de uma boate nos apartaram, e ele arrancou com o carro. Fiquei pensando: "Isso vale 30 mil dólares?" Esse é o valor de indenização que tenho que pagar quando esses caras descobrem quem eu sou. Ele era um negro enorme, do tipo dos que estão acostumados com caras brancos que afinam na frente deles. Eu não afino mesmo, especialmente com negros enormes. Isso me dava uma vantagem psicológica. Quando não recuo, eles têm que parar e pensar: "Por que esse aí não recuou?" E ele saltou do carro e disse "vem cá, seu filho da puta". Ali mesmo, os 30 mil dólares brilharam na minha cabeça. Tudo o que podia pensar naquele momento era que eu ia fazer meu dinheiro valer a pena.

PLAYBOY - E valeu?
Tarantino- Sim. Pou! Dei-lhe uma porrada. Os leões-de-chácara me seguraram, o cara tentou morder o meu peito. Ele tirou um naco de mim, bem do meu mamilo. Que grande filho da puta!

PLAYBOY - Isso parece uma cena de seus filmes. Provavelmente você nunca imaginou que seria ordenhado alguma vez na vida.
Tarantino- A única razão pela qual não me machuquei ainda mais é que ele foi com muita sede ao pote. O cara abriu demais a boca para tentar tirar um baita naco de mim. Acabou com carne demais na boca. Se ele tivesse dado uma mordida pequena, provavelmente eu não teria um de meus mamilos agora.

PLAYBOY - Ele custou os 30 mil dólares que você esperava?
Tarantino- Não, pois fiz uma coisa esperta. Disse a mim mesmo que não iria ligar para meu assessor de imprensa, não contaria a ninguém. Não queria criar um clima de que eu tinha apenas cinco dias antes que o cara descobrisse quem eu era. Só dois meses mais tarde contei aos amigos.

PLAYBOY - Brigas ajudam a compor sua mística. Por que as pessoas ficam tão intrigadas com você?
Tarantino- Por dois motivos. Primeiro, porque ficam fissuradas com meus filmes. Talvez eu as excite com filmes que elas nunca viram antes. Segundo, minha história pessoal se encaixa no grande sonho americano, como elas provavelmente assistiram na televisão ou leram em entrevistas. Sou um cara aberto, o que você vê é o que eu realmente sou. Isso é, aliás, uma coisa que me enojou um pouco na mídia. Algumas vezes tive a impressão de que eles estavam tirando sarro de mim pelo que eu sou. Pode parecer uma reclamação infantil, mas, uma vez que você é adulto, as pessoas não tiram mais sarro de você. Pelo menos não na cara.

PLAYBOY - Você virou uma caricatura.
Tarantino- olta e meia leio sobre alguém tirando sarro da minha aparência, meu cabelo, meu maxilar ou do jeito que falo. Já superei isso, mas fiquei magoado. Não estava esperando por isso. Quem precisa dessa merda? Não quis passar por isso durante o colégio. Foi por essa razão que caí fora da escola. A imprensa está sempre reclamando de todo mundo ser tão resguardado. Não sou resguardado e estou pagando por isso. Mas já superei essa fase.

PLAYBOY - Tanto por Cães de Aluguel quanto por Pulp Fiction você foi acusado de tomar emprestado idéias de filmes obscuros de Hong Kong. Fale sobre suas influências na cena de Pulp Fiction na qual Bruce Willis e Ving Rhames estão trocando sopapos, vão parar numa loja de penhores e são capturados por homossexuais estupradores, de onde veio aquilo?
Tarantino- Não sei exatamente como essas coisas acontecem. Sou daqueles que não se preocupam muito em ser analítico antes do tempo. Apenas deixo as histórias tomarem o rumo que elas tomam.

PLAYBOY - Na questão do estupro homossexual, pode-se comparar a cena na loja de penhores com a de Amargo Regresso, de John Boorman.
Tarantino- Roger Avary [co-roteirista de Pulp Fiction] surgiu com a idéia. Ele tinha escrito um roteiro inteiro para um filme. Mas eu não queria fazer a coisa toda, apenas uma seqüência que se encaixasse em Pulp Fiction. Comprei aquele roteiro apenas para adaptar a parte que gosto. Queria fazer isso porque significava retrabalhar algo que causou impacto em Amargo Regresso. Aquele estupro anal selvagem surgiu tão de repente que eu achei engraçado.

PLAYBOY - O ator Ned Beatty sempre é lembrado por ter sido estuprado em Amargo Regresso. Foi difícil convencer Ving Rhames a interpretar o chefão que é sodomizado?
Tarantino- Foi um empecilho para quase todos os atores negros com quem eu falei. É muito difícil tentar convencer um negro a fazer uma cena em que ele é estuprado. Escrevi a cena com Ving em mente, com a cadência dele. Sempre ouvi a voz dele dizendo aqueles diálogos. Ele veio, fez o teste e foi magnífico. Depois, chegou o dia da conversa. E eu pensava: "Por favor, faça com que ele não tenha tantos problemas com a cena quanto os outros, pois ele é ótimo". Ving percebeu isso e disse: "Deixe-me perguntar uma coisa, o quanto explícito essa merda vai ser?" E eu: "Não será tão explícito, mas você perceberá claramente o que estará acontecendo. Tem algum problema com isso?" Ele respondeu: "Eu não tenho problemas com isso. Você tem de entender que por causa do meu jeito nunca me oferecem personagens vulneráveis. Esse homem acabará sendo o filho da puta mais vulnerável que terei chance de interpretar na vida".

PLAYBOY - Ele encarou tudo na esportiva?
Tarantino- ing foi um homem de palavra, mas houve uma cena com Duane Whitaker, que interpreta um dos caras que comem ele no filme, que demandou uma negociação. Eu queria que ficasse selvagem, estupro anal mesmo. Ving chegou para mim e perguntou: "A gente vai ver a bunda do meu personagem, certo? Que proteção estarei usando?" Eu respondi: "Mas a gente não vai mostrar nada". Ele disse: "Não estou falando sobre o que você vai mostrar. Não me importa se vai aparecer em close-up, fora de foco ou não. Só não quero um pênis roçando no meu ânus. O que você vai colocar para proteger o pênis dele?" E lá estavam Duane, Ving, eu e um cara da produção, que trouxe um saquinho de veludo turquesa daqueles que você coloca diamantes dentro. Caímos na gargalhada e Ving disse: "Duane, coloque o seu pau dentro desse saquinho e eu ficarei o.k."
PLAYBOY - Você já disse que o personagem com quem mais se identificou em Jackie Brown foi o de Ordell Robbie, o traficante de armas durão e tirano interpretado por Samuel L. Jackson. Existe um pouco de tirania em você?
Tarantino- As pessoas não interpretaram direito o que disse sobre Ordell. Eu me transformo em um ou dois personagens enquanto escrevo. Quando estava redigindo Kill Bill, eu era a Noiva. As pessoas notaram isso. Eu estava olhando as coisas de uma perspectiva mais feminina, comprava coisas para minha casa. Via uma coisa cool numa loja do Village, em Nova York, e a comprava. Levava flores para casa e começava a arranjá-las. Passei a usar jóias. Meus amigos disseram: "Você está em contato com seu lado feminino. Você está aninhando, adornando-se". No caso de Jackie Brown, o personagem que mais assimilei foi Ordell. Eu andei próximo daquele personagem por todo um ano. Costumava deixar a casa como Ordell. Quando parei de escrever, eu tive que me livrar dele e deixar o Sam Jackson assumi-lo.

PLAYBOY - Você entrou em conflito com Oliver Stone quando ele fez mudanças no roteiro de Assassinos por Natureza. Por que você odiou tanto aquele filme?
Tarantino- Nunca havia assistido ao filme inteiro. Para mostrar desrespeito, só vi alguns trechos. Mas depois acabei indo ao cinema.

PLAYBOY - E saiu no meio do filme?
Tarantino- Sim. Odiei toda a parte de Rodney Dangerfield. Era tão sem graça, tão repugnante. Aquela cena tem uma coisa que eu jamais faria: apresentou uma análise psicológica de almanaque para explicar por que as pessoas se comportavam daquele jeito. Rejeitei aquilo de todas as maneiras.

PLAYBOY - A cena foi criada como um seriado, com a claque dando risada ao fundo, e deixou claro que o personagem de Dangerfield havia abusado sexualmente da filha.
Tarantino- Fiz com que o meu nome fosse tirado do roteiro, assim as pessoas não pensariam que escrevi aquilo.

PLAYBOY - Você teve uma indisposição com Spike Lee a respeito do uso liberal da expressão nigger [forma muito pejorativa de dizer negão] em seus filmes. Essa rixa acabou se dissipando?
Tarantino- Não acho que tenha se dissipado. Spike e eu nos esbarramos uma vez depois que aquela palhaçada tinha acabado e eu me sentia pronto para dar um chute no traseiro dele.

PLAYBOY - Por quê?
Tarantino- Porque ele estava falando um monte de merda em vez de vir conversar comigo. Meu grande problema com Spike foi o aspecto da discussão servir somente ao interesse dele. Ele me atacou para manter seu status de Jesse Jackson do cinema. Basicamente, um pouco antes de eu aparecer em cena, você tinha que pedir a bênção ou a aprovação de Spike Lee caso você fosse branco e quisesse lidar com a temática negra num filme. Foda-se. Eu destruí aquilo e ele nunca mais teve essa posição novamente. Eu não estava procurando pela aprovação dele e ele estava me desafiando para manter seu status. Detesto isso, porque rixa entre celebridades é uma das coisas mais banais e de mau gosto que uma pessoa em minha posição pode se meter.

PLAYBOY - Você acha que ele tinha razão em algum ponto?
Tarantino- É engraçado, porque ele fala nesses termos grandiosos, mas, por mais que tenha uma metralhadora na boca, a imprensa não o escuta. Se você enxerga além do tom em que Spike Lee diz as coisas, descobre que a questão dele não é que eu não tenha o direito de dizer nigger quantas vezes eu quiser. O problema dele é por que eu tenho o direito de dizer nigger 37 vezes, mas ele não tem o direito de dizer kike [judeu, de forma muito preconceituosa] 37 vezes. Era isso que ele estava querendo dizer.

PLAYBOY - Ele foi criticado por usar dois personagens judeus estereotipados em Mais e Melhores Blues.
Tarantino- As palavras nigger e kike não têm a mesma conotação. Kike não é comum na linguagem cotidiana dos judeus. Já nigger tem até 12 significados diferentes, dependendo do contexto em que é usada, quem está falando e da entonação que a pessoa está usando. Então igualar nigger a kike é não levar em conta o jeito que a língua inglesa funciona hoje. E eu estou trabalhando com a língua inglesa. Não sou apenas um diretor de cinema que faz filmes. Sou um artista, bom, ruim ou indiferente, que está vindo de determinado ambiente. Todas as minhas escolhas, o jeito que eu vivo minha vida, dependem disso. E ele veio retrucando que "Quentin não é mais artista que Michael Jackson e, quando Michael Jackson fez um trocadilho pejorativo com os judeus em uma de suas músicas, eles o fizeram mudar". Quase valeu a pena toda essa porcaria somente para ouvi-lo dizer aquilo.

PLAYBOY - Dê uma nota de 1 a 10 para suas qualidades de escritor, diretor e ator.
Tarantino- Você está tentando me encurralar. Eu não me avalio com notas. Se disser 10, estarei sendo um idiota, e, se eu não disser 10, estarei mentindo [risos]. Responderei à pergunta, mas não pela sua escala. A respeito da minha performance como intérprete, eu acho que poderia ser um bom ator caso tivesse mais oportunidades e mais tempo de me preparar. As pessoas pegaram pesado comigo.

PLAYBOY - Por quê?
Tarantino- Provavelmente porque elas não perceberam o quanto sério eu era sobre isso. Também porque os críticos de cinema não queriam. Um crítico me disse exatamente que eu era a grande esperança branca, um jovem autor e eles não queriam que eu dividisse o meu foco de atenção. Eles queriam que eu ficasse sentado numa sala preparando um novo filme para eles assistirem. "Por que você não está salvando o cinema?"

PLAYBOY - George Clooney e dois atores do elenco de Cães de Aluguel, Steve Buscemi e Tim Roth, dirigiram filmes e foram bastante aplaudidos por isso.
Tarantino- Obrigado por mencionar essa discrepância, porque eu não curei essa mágoa. Na verdade, eu confrontei o crítico Roger Ebert depois que ele deu para Somebody to Love, um filme em que atuei há alguns anos, uma espécie de prêmio de consolação em seu show de TV. Eu apareço por dois segundos no filme. Buscemi dirige um filme e é aplaudido por ampliar seu talento. O prêmio de consolação foi dado a mim por eu me atrever a atuar na tela. Por que é o.k. para Buscemi ampliar seu talento e não para mim?

PLAYBOY - Você começou a atuar fazendo um imitador de Elvis no seriado The Golden Girls. Como foi isso?
Tarantino- O trabalho durou dois dias e o mais fantástico foi o quanto eu ganhei. Isso foi quando eu não tinha dinheiro nenhum. De repente, recebi 700 dólares. E ganhava a mesma coisa toda vez que o episódio fosse repetido. Eles gostaram tanto que colocaram minha parte no episódio O Melhor das Golden Girls. Pagaram-me mais 700 dólares. E o show se repetiu muito e eu faturei cerca de 2,5 mil dólares. Sempre que eu estava quebrado, chegava mais um cheque: 150, depois 75, depois 95. Outro dia, recebi um cheque de 85 centavos.

PLAYBOY - Como era seu Elvis?
Tarantino- Foi o melhor do grupo. Todos os outros eram Elvis de Las Vegas. Eu era o Elvis caipira.

PLAYBOY - Esse foi seu primeiro grande trabalho como ator depois de abandonar a escola. Como você negociou em casa essa saída?
Tarantino- Minha mãe e eu temos lembranças diferentes. Eu havia faltado à escola por três semanas. Minha mãe e eu estávamos discutindo e no calor desse bate-boca eu disse: "Bem, eu quero abandonar a escola de qualquer forma". Ela rebateu: "Você não vai sair da escola". Uma semana depois, ela estava no banheiro se maquiando para trabalhar quando disse: "Andei pensando sobre você sair da escola e decidi que você pode largar, mas tem que arrumar um emprego". Fiquei pasmo e pensei: "Será que ela não percebeu que estava blefando?" E deixei a escola.

PLAYBOY - Você namorou a atriz Mira Sorvino, que é formada por Harvard. Você se arrepende de ter abandonado a escola?
Tarantino- Não. Existe uma boa ponta de orgulho no fato de ter abandonado o colégio e conquistado o que consegui. Isso me faz parecer um pouco mais esperto. Quando digo isso a alguém, eles ficam genuinamente impressionados. Não sou um grande entusiasta do sistema escolar americano. Eu detestava tanto a escola que saí depois da 8ª série. Meu único arrependimento - e nem é um grande arrependimento - é que eu detestei tanto meu tempo de escola que eu achei que seria assim para sempre. Não imaginava que a universidade poderia ser diferente. Se eu tivesse que fazer tudo novamente, eu provavelmente teria ficado na escola, assim eu poderia ter a experiência da universidade. Tenho certeza de que teria me divertido muito.

PLAYBOY - Sua mãe criou você sem a ajuda de seu pai. A imprensa foi atrás dele depois que você ficou famoso. Isso foi injusto?
Tarantino- Aquilo realmente me incomodou por um longo período. Foi um desses efeitos colaterais nojentos da fama. Eu nunca o encontrei e não tenho nenhum desejo de fazê-lo. O fato de que ele dormiu com minha mãe não faz dele um pai. A única coisa que tenho a dizer a ele é: "Obrigado pelo seu esperma de merda". Ele teve 30 anos para me procurar e tenta depois que eu fico famoso? Aquilo foi triste.

PLAYBOY - Não posso encerrar esta entrevista sem perguntar algo que você sempre se recusa a responder. O que estava dentro daquela valise em Pulp Fiction? E o que acontece com Mr. Pink depois que ele foge do tiroteio em Cães de Aluguel?
Tarantino- Eu nunca vou explicar o que havia naquela valise. Não é para ser chato, mas é para deixar as pessoas elaborarem a própria explicação. A mesma coisa para Mr. Pink. Uma vez eu disse isso para alfinetar Oliver Stone, mas juro que não estou fazendo isso agora. Quando Oliver Stone faz seus filmes, ele tem sempre uma grande idéia por trás e quer que todo mundo saia do cinema com aquela idéia na cabeça. A audiência pode rejeitar a idéia, mas é melhor que eles a entendam ou ele vai pensar que não conseguiu fazer seu trabalho direito. Eu quero fazer um grande trabalho, mas também quero deixar 10%, ou talvez até 20%, para cada espectador imaginar. Cada um tem sua versão. Então, se você pensa que o que está naquela valise é a alma de Marsellus e que ele a comprou de volta do diabo, você está certo: é a alma dele. Eu ter feito um filme que inspirou tantas leituras imaginativas me deixa muito orgulhoso. É muito engraçado como uma frase totalmente descartável pode te induzir. Você sabia que minha frase favorita está naquela cena da casa de penhores em Pulp Fiction? Holly Hunter percebeu isso. A frase é dita quando eles decidem quem vão comer primeiro. Eles escolhem Marsellus e dizem: "Você quer fazer isso aqui?" E o outro cara responde: "Não, vamos levá-lo ao velho quarto de Russell". E você se pega pensando: "Quem diabos é Russell e por que o quarto dele se tornou velho?" Deixo vocês matutando sobre isso também.
Ele tem a força?
Tarantino é famoso por levantar carreiras decadentes. Será?

Uma Thurman/Pulp Fiction
Quando o diretor conheceu Uma, ela era mais conhecida por comediazinhas românticas ou filmes "cabeça" como Até as Vaqueiras Ficam Tristes. Depois de fazer uma junkie gostosa em Pulp Fiction, Uma virou estrela cult de primeira grandeza. Tarantino escreveu um papel apenas para ela em Kill Bill.

Bridget Fonda Jackie Brown
Ela tinha estrelado uns 30 filmes "B", entre os quais Mulher Solteira Procura. Quentin a chamou para interpretar uma garota de programa louquinha em Jackie Brown. Ela detonou, mas o filme não aconteceu. A loura deliciosa iria mandar bem, depois, no suspense Um Plano Simples. E foi só, por enquanto.

John Travolta Pulp Fiction
O cara do rebolante Os Embalos de Sábado à noite, dos anos 70, ressurgiu nos 90 como o bandido esperto de Pulp Fiction, para então voltar a se entupir de cachês astronômicos (tipo 20 milhões de dólares por atuação) em filmes bacanas ou nem tanto. Hoje, meio encostado, até precisaria de mais uma ajudazinha de Tarantino...

Pam Grier Jackie Brown
Deusa da geração blaxploitation (a dos filmes baratos feitos por atores e diretores negros, nos anos 70), ela retornou em Jackie Brown no papel principal. Deliciosa aos 40, era para Pam virar cult de novo. Não virou, e hoje ela tenta engrenar, contracenando com Eddie Murphy ou Snoop Dogg.

SamuelL. Jackson Pulp Fiction
De O Exorcista 3 a Os Bons Companheiros, Jackson fez de tudo na carreira. Como o bandidão que cita trechos da Bíblia no meio do filme de Tarantino, ele levou até indicação de Oscar. Fez Shaft anos depois, ficou riquíssimo e hoje só trabalha em fitas milionárias como a quarta seqüência de Guerra nas Estrelas.

David Carradine Kill Bill
O astro das séries de kung fu, sumido nos últimos anos das grandes produções, reaparece com propriedade na nova fita do cineasta americano. Carradine já está numa fase master, mas Tarantino acredita que ele ainda tem muito a mostrar afinal, o ator continua mestre no assunto lutas.

Quentin Tarantino Kill Bill
Ninguém ralou mais para virar uma estrela de cinema num filme de Tarantino que o próprio Tarantino. Ele, que fez um dos gângsteres de Cães de Aluguel, atua com muita dedicação em seu novo filme. Aquela antiqüíssima história: como ator, ele é um dos melhores cineastas de Hollywood.

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